PRocessos Oceanográficos em Hotspots Climáticos do oceano Austral: Novas Sinergias e Avanços no Conhecimento e Monitoramento Físico e Biogeoquímico no entorno da Península Antártica (PRO-SAMBA)

Projeto PRO-SAMBA: O projeto PRO-SAMBA visa dar continuidade as ações do GOAL no oceano Austral, com base nos mais de 20 anos de monitoramento do ambiente físico, químico e biológico que o grupo executa nos ecossistemas marinhos no norte da Península Antártica.

Coordenador: Prof. Rodrigo Kerr

Coordenador Adjunto: Prof. Mauricio Mata

Financiamento: PROANTAR - CNPq, MCTI, SECIRM, Marinha do Brasil.

Logotipo do projeto

Resumo:O projeto PRO-SAMBA pretende responder e/ou avançar sobre as seguintes questões: (i) como a alteração da circulação e da dinâmica de transporte de massa alteram as propriedades físico-químicas, as trocas gasosas e de calor na interface oceano-atmosfera e o armazenamento de carbono antropogênico em zonas de hotspot climático (e.g. NAP e as províncias biogeoquímicas nos oceanos Atlântico Sul e Austral)?; (ii) de que forma a variabilidade associada aos processos de mesoescala (e.g., posição e deslocamento de frentes, presença de vórtices estacionários etc.) estão relacionados com as alterações de propriedades oceanográficas do NAP e a sua variabilidade natural?; (iii) qual o impacto do acoplamento de longo período dos compartimentos oceano-atmosfera-criosfera na variabilidade da extensão/espessura do gelo marinho e dos eventos extremos de aquecimento atmosférico, bem como (iv) na alteração dos processos de ventilação do oceano profundo e na acentuação da propagação dos processos de acidificação e desoxigenação nas áreas de estudo? Para tal, a proposta propõe o uso: (i) da derrota de descida/subida (quasi-meridional) do navio polar brasileiro entre o Brasil e a Antártica, para aquisição de dados inéditos para o monitoramento das trocas de dióxido de carbono (CO2) e calor na interface oceano-atmosfera nas zonas das principais frentes oceânicas nos oceanos Atlântico Sul e Austral (e.g., Frentes Subtropical, Subantártica, da Corrente Circumpolar Antártica e Polar), e nas regiões frontais dos mares regionais ao redor do NAP (e.g., Frentes de Bransfield, da Península, de Talude Antártico e de Weddell); (ii) da amostragem vertical das propriedades físicas e biogeoquímicas da coluna de água, através da realização de estações oceanográficas, para a consolidação do monitoramento de longo-prazo e melhor entendimento dos processos de mesoescala associados às alterações ecossistêmicas e climáticas ao longo dos ambientes marinhos do NAP (estreitos de Bransfield e Gerlache e seus arredores, plataforma noroeste do mar de Weddell e bacia Powell), dentro do contexto do acoplamento dos processos envolvidos nos compartimentos do oceano, atmosfera e criosfera; e (iii) de dados de saídas de modelos climáticos regionais e globais e reanálises atmosféricas e oceânicas para elucidar sobre as alterações dos processos de ventilação profunda e as repercussões nas alterações físicas e químicas da água do mar (e.g., acidificação, diminuição/aumento da salinidade, aquecimento, desoxigenação), bem como sobre as teleconexões atmosféricas entre os trópicos e extra-trópicos e implicações nos extremos climáticos na América do Sul.