Respostas do ecossistema pelágico às mudanças climáticas no oceano Austral (ECOPELAGOS)

Projeto ECOPELAGOS: um dos projetos atuais do Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (GOAL; www.goal.furg.br) desenvolvido no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), cujo destaque é o estudo integrado dos diversos compartimentos da biota marinha e o efeito das mudanças climáticas sobre estes organismos.

Coordenador: Prof. Eduardo Secchi

Coordenador Adjunto: Prof. Carlos Rafael Mendes

Financiamento: PROANTAR - CNPq, MMA, MCTI, SECIRM, Marinha do Brasil

*A equipe do CARBON Team colabora com as ações e atividades do projeto.

Projeto encerrado em Março de 2024  

Logotipo do projeto.

Resumo: Embora avanços significativos tenham sido alcançados nos últimos anos, os domínios biológicos e ecológicos do ambiente marinho Antártico permanecem, em grande parte, inexplorados. Os pesquisadores das ciências da vida antártica se dedicam ao entendimento sobre a evolução e a diversidade da vida marinha no Oceano Austral para determinar como esses processos produziram ecossistemas singulares. Porém, como o Oceano Austral é vasto e remoto, a coleta de dados físicos e biológicos in situ torna-se um enorme desafio. Informações provenientes de sensoriamento remoto, flutuadores e/ou fundeios oceanográficos, fornecem informações sinóticas sobre o ambiente físico do Oceano Austral que podem ser integradas em modelos numéricos ou estatísticos, e validados com dados in situ. Esta é uma abordagem eficaz para maximizar a utilidade de dados biológicos esparsos. Desta forma, o projeto EcoPelagos avança, em relação às pesquisas pretéritas do grupo, na qualidade, e diversidade de dados oceanográficos, por meio da ampliação espacial e temporal da coleta utilizando métodos tradicionais e contemporâneos (como a genômica e proteômica). Sua execução permitirá gerar informações fundamentais sobre a relação entre a biota e as variáveis físico-químicas do ecossistema Antártico. Fundamentalmente, permitirá expandir o entendimento sobre a estrutura e função biológica, desde o nível molecular ao ecossistêmico, projetar possíveis respostas e avaliar a capacidade de resiliência dos ecossistemas pelágicos antárticos perante as alterações climáticas. A pesquisa permitirá a detecção e projeção de suas respostas a futuras mudanças a partir da percepção de eventuais alterações nos processos biológicos, que estejam ocorrendo em regiões sob diferentes impactos das mudanças climáticas. Para tal, uma série de objetivos específicos são propostos, com enfoque inter e multidisciplinar, combinando abordagens observacionais, experimentais e in silico (modelagem). Essa abordagem multidisciplinar inovadora e de liderança, somada às parcerias internacionais estabelecidas, fortalecerá e qualificará as pesquisas na área de ciências da vida marinha, globalmente importantes, dentro do Programa Antártico Brasileiro. Este será um projeto ecossistêmico, que levará em consideração as interações entre os principais componentes da teia trófica pelágica, bem como a interação pelágico-bentônica, objetivando compreender como diferentes condições físico- químicas do ambiente, desencadeadas pelas mudanças climáticas, determinam os padrões de diversidade biológica, incluindo da Plastisfera, as principais vias de fluxo de energia entre seus componentes e a saúde geral do ambiente marinho da Península Antártica.